Treinamentos em tecnologia empoderam jovens a conquistar primeiro emprego

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A busca pelo primeiro emprego pode ser um desafio para muitos jovens brasileiros. Dados de um estudo feito pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) mostram que dos 34 milhões de jovens brasileiros entre 14 e 24 anos, 14 milhões se enquadra em jovens ocupados (que estudam e trabalham ou só trabalham). Esse número mostra que uma parte deles não foi inserida no mundo de trabalho. A falta de experiência ou de conhecimento técnico, podem ser desafios que afastam esses jovens das oportunidades de emprego e, para apoiar na resolução desse desafio, a Microsoft disponibiliza treinamentos gratuitos em tecnologia – que podem ser acessados tanto por meio do site quanto por programas criados em conjunto com ONGs. Essas iniciativas têm gerado impacto positivo na vida de jovens que conseguiram seu primeiro emprego ao finalizar esses cursos.

Uma dessas parcerias é com a Recode, ONG que desenvolve projetos de empoderamento digital. Por meio do acordo de cooperação entre a instituição e a Microsoft, alunos do Instituto Prespebeteriano Álvares Reis de Assistência à Criança e ao Adolescente (Inpar), que apoia mais de 400 crianças e adolescentes da comunidade Cidade de Deus e de seu entorno no Rio de Janeiro, têm a oportunidade de acessar aos cursos do Microsoft 365 (M365) como Excel e Power Point, além de desenvolvimento Web.

“Hoje em dia, saber como utilizar o computador, a internet e ferramentas corporativas para criar planilhas, elaborar apresentações e escrever conteúdos, é um fator extremamente necessário para conquistar um emprego. Nós desenvolvemos treinamentos que vão desde o conhecimento inicial na tecnologia, até habilidades avançadas”, diz Lúcia Rodrigues, líder de Filantropia da Microsoft.

João Lucas de Souza [vídeo], de 19 anos, participou do programa realizado pelo Inpar. Há dois anos na instituição, o jovem começou seu caminho em tecnologia ao concluir o básico de informática, no qual aprendeu a utilizar todas as ferramentas do M365. João diz que, além de aprender a usar as soluções, a oportunidade também o ajudou nas habilidades de relação interpessoal. “Eu era uma pessoa muito calada e tímida, não conseguia me comunicar com as pessoas. Receber o apoio dos professores, que possuem uma forma de abordagem para ensinar que incentiva a nos aproximar dos colegas, foi excelente”, conta.

Com o passar do tempo, João pôde aprimorar seus conhecimentos e deu início a sua trajetória profissional ao conseguir seu primeiro emprego como voluntário no Inpar. “Aqueles que, como eu, entram querendo crescimento e aproveitam as oportunidades, vão acabar chegando lá”, acredita o jovem.

Já para Nicole Pessoa [vídeo], conhecida nas redes sociais como “Piveta Dev”, em alusão ao trabalho que realiza como desenvolvedora de softwares e aplicativos, o interesse pela tecnologia veio por acaso, quando ainda trabalhava em um salão de beleza. “Eu tinha 18 anos e era design de sobrancelha. Dava suporte administrativo para o salão e, como eu fazia esse trabalho muito bem, utilizando o computador, me disseram que eu levava jeito e foi assim que decidi investir em cursos de programação. Quando comecei a estudar, eu me apaixonei”, relembra.

Nicole conta que aprendeu a usar as ferramentas do Microsoft 365 e logo teve contato com as trilhas de aprendizagem sobre Inteligência Artificial, que a deixaram fascinada. Todo o conhecimento adquirido está hoje sendo transformado em oportunidades. “Graças ao Inpar e a Recode, pude participar e ganhar um Hackathon, abrindo assim mais portas. Tive o prazer de ministrar uma palestra em São Paulo para falar sobre a minha trajetória de vida e como a tecnologia me ajudou, e tem me ajudado, a alcançar coisas que eu nunca imaginei, além de poder ajudar a minha família”, conta. Atualmente, além de dar aulas em uma ONG para mulheres, a jovem é Líder de Dados em uma empresa de tecnologia.

Com uma longa história com o Inpar, Tatiana Flores [vídeo], de 22 anos, conheceu o instituto ainda criança, aos 6 anos. Mais tarde, já como Jovem Aprendiz e trabalhando no Inpar, a jovem teve acesso aos cursos da Recode. “O de ferramentas digitais para o mercado de trabalho, aprendendo a mexer no Excel, fez muita diferença na minha vida”, relembra. “Hoje eu trabalho no Centro Próximo, que é um projeto que ajuda as pessoas em busca de emprego. Muitos jovens, como eu, tiveram acesso aos cursos aqui no Inpar, e puderam também se realocar no mercado de trabalho com mais facilidade”, diz.

“Muitos me encontram e falam, ‘Tati, de fato, eu estou aplicando na prática exatamente o que eu estudei”. Para elas, fazer parte desse projeto tem sido muito importante “Poder contribuir, de fato, para fazer a diferença na vida de muitas pessoas é muito gratificante. Deixamos um legado em cada local que a gente passa”, reflete.

Tecnologia como uma ferramenta de inclusão social

A missão da Microsoft é capacitar cada pessoa e cada organização no planeta a conseguir mais. E a colaboração com a Trust for the Americas, ONG internacional com atuação nas Américas, é mais uma ação neste sentido. A organização atua com o objetivo de impactar positivamente a vida de milhares de pessoas por meio da formação em competências digitais e técnicas, ampliando as oportunidades no mercado de trabalho, especialmente entre jovens em busca do primeiro emprego. Um de seus projetos é o Poeta DigSpark, do qual a jovem indígena de 22 anos, Vivian Carolina, do povo Pitaguari em Maracanaú, Ceará, participa. Antes de conhecer o programa, Vivian estava focada apenas nos estudos, concluindo sua graduação em logística, sem experiência de trabalho. Segundo ela, sua origem indígena era um obstáculo na busca do primeiro emprego.

Ela começou pelo curso de informática básica e concluiu outros nove, incluindo inglês, habilidades para o futuro, Excel e políticas públicas. Vivian conta que o projeto não só lhe proporcionou conhecimento, como conexão com pessoas e suporte incrível para que ela se desenvolvesse. Profissionalmente. “Os cursos, especialmente o de Excel, foram fundamentais para eu conseguir atuar na área de logística. Os conhecimentos adquiridos foram muito importantes para a o dia a dia do meu primeiro emprego na área”, afirma. Olhando para o futuro, Vivian deseja continuar estudando para contribuir ainda mais para o mercado de trabalho. “Sou muito grata ao projeto, por ele ser um ambiente inclusivo que me deixa sonhar com oportunidades melhores para o meu futuro e o da minha família”.

Outro jovem que conta sua experiência com o projeto do Trust, em parceria com a Microsoft, é Átalla da Silva Melo, de 19 anos. O rapaz conta que o seu maior desafio foi superar a timidez e aprimorar suas habilidades de atendimento ao público, parte do seu novo trabalho. “Os cursos e o projeto tiveram um impacto transformador na minha vida profissional, permitindo que eu desenvolvesse habilidades avançadas no Excel, ensinando a trabalhar em rede e na melhoria de processos administrativos, aumentando assim a minha produtividade e eficiência na manipulação de dados para análises rápidas e precisas, essenciais para a tomada de decisões. Também venci minha timidez e hoje consigo realizar meu trabalho com muito mais confiança”, diz.

Atualmente, o estudante de Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia na Universidade Federal da Bahia, aplica seus conhecimentos e habilidades em ciência de dados, uma área em constante evolução, e com uma base sólida em ferramentas essenciais demandadas no mercado de trabalho. Para o futuro, Átalla deseja concluir seus estudos e buscar com o diploma de ensino superior uma boa colocação no mercado de trabalho como analista de dados.

“Como jovem negra da periferia, com acesso limitado à educação, especialmente na área de inclusão digital, quero aproveitar ao máximo a oportunidade e não apenas para o meu crescimento pessoal, mas também para contribuir para um futuro mais inclusivo no setor de tecnologia”, finaliza a estudante.

Estas e outras trilhas de aprendizagem da Microsoft estão disponíveis no site do Conecta+, programa criado pela companhia em 2022 com o intuito de contribuir para qualificar os brasileiros com as habilidades digitais necessárias para prosperar no mercado de trabalho. “Essa iniciativa tem o objetivo de trazer mais diversidade ao segmento de tecnologia, ao ampliar o acesso das pessoas a treinamentos e as tecnologias que estão na operação das empresas hoje em dia”, diz Lucia.

Uma das iniciativas criadas com esse intuito é a Escola do Trabalhador 4.0, criada lançado em 2020 pela Microsoft, em parceria com o Ministério do Trabalho e Emprego. A plataforma é 100% digital e oferece cursos básicos e gratuitos com o objetivo de oferecer treinamentos em habilidades digitais para ajudar no acesso ao trabalho, emprego e renda dos brasileiros. Atualmente, são mais de 1 milhão e 400 mil pessoas inscritas no programa e 284 mil pessoas terminaram ao menos um curso na plataforma.

“Cerca de 15% dessas pessoas foram promovidas ou realocadas graças às novas habilidades que elas aprenderam por meio dos treinamentos, um motivo orgulho para nós. Queremos levar essa oportunidade a cada vez mais brasileiros, impactando positivamente na vida de cada um e contribuindo para um futuro mais equânime”, finaliza Lúcia Rodrigues.

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