Pousada mato-grossense torna-se referência nacional em pesca esportiva e turismo

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Divulgação

Quem visita pela primeira vez a Pousada Rancho do Mano e se encanta com o conforto e a qualidade não imagina que tudo começou com um pequeno quarto e um barco, em 2015. Na época, o empresário Alisson Fagner dos Santos Trindade adquiriu a propriedade com a ideia de passar seus finais de semana pescando com a família. Amante da pesca esportiva, ele logo percebeu o potencial do empreendimento, que hoje é uma referência nacional no setor.
 
Mesmo no início, com estrutura para poucas pessoas, o atendimento sempre foi marcado pela qualidade, carinho e cuidado, características que se tornaram a marca registrada do Rancho do Mano, localizado na zona rural do município da Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso.

Desde a capacidade inicial para atender apenas dois pescadores em 2015 até os atuais 36 hóspedes, o crescimento sempre foi acompanhado pelo compromisso com o conforto dos visitantes. São cerca de três colaboradores disponíveis para atender cada hóspede.

“O rancho inicialmente foi pensado para o pescador nato, aquele cara que queria ir exclusivamente atrás do peixe, mas vimos que precisávamos evoluir. Fomos qualificando nossos serviços para atender famílias e grupos corporativos, que procuram um lugar com muito conforto, boa alimentação, bebidas de alta qualidade e um serviço de excelência”, disse Alisson.

Essa mudança no perfil do público se intensificou durante a pandemia. Antes da COVID-19, os pescadores vinham principalmente de outros estados, como São Paulo e Goiás, para pescar no Rio Manso, onde está localizado o Rancho do Mano. Contudo, com a pandemia, houve um aumento significativo no fluxo de turistas internos, de pessoas do próprio estado que descobriram o local.

“Com as proibições e restrições às viagens, o mercado interno começou a conhecer o Rancho do Mano. Tínhamos muita visibilidade fora do estado, mas pouca dentro do estado. Atualmente, boa parte dos nossos clientes são pescadores daqui, e, principalmente, grupos corporativos ligados ao agronegócio. Eles gostam de utilizar a pesca esportiva como um dos atrativos para a própria equipe, para os trabalhadores e colaboradores”.

Um diferencial do Rancho do Mano é sua proximidade com Cuiabá, capital de Mato Grosso, o que facilita o acesso. São 100 km de distância, com apenas 7 km de estrada de chão. Além disso, o Rio Manso é muito preservado, com a mata ciliar intacta e um bom volume de peixes, garantindo uma ótima “briga” para os pescadores.

Alisson é um dos entusiastas da atual Lei do Transporte Zero, entendendo a necessidade de acabar com a pesca predatória. Além de formar equipe e qualificar o atendimento em hotelaria, o empresário passou a se envolver na defesa da proteção ambiental, e a sustentabilidade econômica se tornou uma de suas principais bandeiras.

“O transporte zero é um anseio antigo da categoria, tanto do setor produtivo da pesca esportiva quanto do ecoturismo. Para nós, a presença do peixe no rio é essencial, mas havia um histórico de pesca predatória muito antigo e cultural no estado, e os cardumes de peixe tinham diminuído bastante”.

Um dos exemplos é o peixe dourado, uma espécie protegida há cerca de doze anos. Com a proibição de pescá-lo para consumo, hoje ele é encontrado novamente nos rios. Por isso, o setor propôs ao Governo do Estado a aplicação de uma lei semelhante para outras espécies também próximas da extinção.

“Com a aprovação da Lei do Transporte Zero, já observamos um aumento significativo na quantidade de peixes, o que vem trazendo um retorno muito positivo para o setor e para a natureza. Antes da lei, era mais comum ver dourados, e apenas ocasionalmente um pintado, pacu ou jaú. Este ano, outras espécies já estão muito mais presentes. É uma lei que está trazendo resultados até mesmo para as famílias ribeirinhas”.

Segundo o empresário, as famílias ribeirinhas que moram às margens do Rio Manso e agora trabalham com a pesca esportiva estão gerando renda e atuando de forma sustentável. Pela Lei do Transporte Zero, as famílias podem consumir o peixe à beira do rio, onde moram, e ainda têm a possibilidade de trabalhar com turismo. “Hoje, temos guias de pesca, camareiras, equipe comercial, cozinheiros, ou seja, 95% da nossa mão de obra é composta por ribeirinhos”, finaliza Alisson.

Gastronomia, Cultura e Arte
 
A Pousada Rancho do Mano não se destaca apenas pelo conforto e pela pesca esportiva. A experiência do cliente é aprimorada com uma gastronomia diversificada, que combina pratos regionais com sabores internacionais, além de bebidas premium, incluindo drinques, cervejas e chopes artesanais. A parceria com a vinícola Hermans resultou em rótulos exclusivos para a pousada, com arte desenvolvida por Dayana Trindade, artista plástica proprietária e esposa de Alisson.
 
Dayana Trindade, além de ser uma entusiasta da pesca esportiva e da proteção ambiental, leva sua arte para a pousada, que se tornou um verdadeiro recanto artístico. Em suas obras ela reflete a conexão com a natureza e seu amor pela pesca esportiva. A arte adorna a galeria e os espaços da pousada, criando uma experiência única para os visitantes. Suas produções acontecem muitas vezes, lá mesmo, na pousada, no meio da floresta, embaixo das árvores. O contato frequente com os biomas diversificados e as águas dos rios são representados nos movimentos dos pinceis e nas cores vibrantes escolhidas pela artista.

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