Setor aéreo brasileiro começa a ensaiar uma retomada

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Imagem: Freepik

Após cinco meses do início dos efeitos causados pelo coronavírus na economia, o setor aéreo brasileiro começa a ensaiar uma retomada. Entretanto, o número de rotas disponíveis dentro do país até julho ainda era pouco mais da metade do oferecido antes da pandemia, apontam dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

As cidades do interior dos estados, de menor porte, são as mais atingidas pelo encolhimento da malha aérea, além dos aeroportos que servem basicamente a destinos turísticos nacionais, fortemente afetados pela pandemia.

De acordo com a Anac, em abril, no auge dos efeitos recessivos da pandemia, o Brasil contava com 125 rotas domésticas ativas, ou seja, ligações entre dois aeroportos dentro do país com oferta de ao menos um voo regular. Esse número equivale a menos de um terço (29%) do registrado em abril de ano anterior, quando eram 431 ligações ativas.

Bem como em outros segmentos da economia, desde abril o setor aéreo ensaia uma retomada. Desde então, 106 rotas domésticas foram reativadas, com o total chegando a 231 em julho.

Ainda assim, esse número é pouco mais da metade (56,2%) das 411 que estavam em operação em julho de 2019.

As empresas aéreas têm liberdade para ajustar a oferta de voos, por isso o número de ligações costuma variar ao longo dos meses, de acordo com a demanda, que costuma subir em períodos de férias ou no Carnaval, por exemplo.

Retomada

Embora esteja longe dos números anteriores à pandemia, o movimento de passageiros, que chegou a cair mais de 90% em alguns aeroportos, vem crescendo.

No aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, o movimento da primeira quinzena de agosto equivale a 17% da média antes da pandemia. No aeroporto de Salvador (BA), chega a 20% e, em Confins, que atende à capital mineira Belo Horizonte, a 22,3%.

Segundo a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), atualmente o país tem média diária de cerca de 700 decolagens para voos domésticos, cerca de 30% do esperado antes da crise.

Conforme informou a Anac, o número de aeroportos atendidos por voos teve aumento em agosto (+11,43%), por isso o total de rotas ativas também pode subir até o final deste mês.

Interior e destinos turísticos

Todas as capitais, além de algumas cidades do interior, como Uberlândia (MG), São José do Rio Preto (SP), Imperatriz (MA) e Porto Seguro (BA), contavam com ligação aérea neste mês de agosto, de acordo com levantamento da Abear.

A suspensão de rotas atinge muitos aeroportos que atendem basicamente a destinos turísticos do país, fortemente afetados pela pandemia, como Jericoacoara (CE), Valença (BA), Caldas Novas (GO) e Bonito (MS). Atinge também cidades de menor porte no interior dos estados.

De acordo com o levantamento da Abear, outros exemplos de aeroportos que estavam sem ligação em agosto são:

  • Aeroporto do Vale do Aço, em Ipatinga (MG);
  • Aeroporto de Macaé (RJ);
  • Aeroporto de Caxias do Sul (RS);
  • Aeroporto de Uberaba (MG);
  • Aeroporto de Parauapebas (PA);
  • Aeroporto de Ponta Grossa (PR);
  • Aeroporto de Cruzeiro do Sul (AC);
  • Aeroporto de Ji-Paraná (RO).

Esses aeroportos, aponta o levantamento, registravam, em março, entre uma e 32 decolagens semanais.

Com informações do portal Cenário MT

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