A Empresa Mato-grossense de Tecnologia da Informação (MTI) e a Futura fecharam uma parceria estratégica, na terça-feira (09/02), para a solução de gestão de identificação de dados biométricos em Mato Grosso.
O projeto nomeado como MTI CAV (captura ao vivo de dados biométricos) visa a integração e gestão centralizada de dados biométricos no Estado, economia de até 50% de valores gastos com captura biométrica e a expansão dos 37 pontos de coleta atuais, para 100 pontos em Mato Grosso.
O projeto ainda prevê a criação de uma base de dados centralizada, com a integração com outros órgãos da segurança do Estado e um novo serviço de validação de identificação civil.
De acordo com o diretor presidente da MTI, Antônio Marcos de Oliveira, o projeto é inovador e novamente coloca o Estado na vanguarda.
“O MTI CAV é um produto com grande potencial de ser comercializado inclusive fora das fronteiras de Mato Grosso, devido ao seu custo muito vantajoso para os clientes e equipamentos de ponta homologados inclusive pelo Denatran (Departamento Nacional de Trânsito)”, disse.
Conforme o presidente, o projeto já está em análise pelo Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran-MT) e deve começar a ser implementado já no próximo mês.
Após a efetivação e centralização dos dados biométricos em um único banco, a MTI ainda irá disponibilizar como serviço para clientes uma API (abreviação para Application Programming Interface, ou, em português, interface de programação de aplicação) de validação de biometria.
“Ela pode ser comercializada para muitos clientes que precisem validar a biometria de uma pessoa no formato por requisição, um produto 100% da MTI e que também irá gerar novas divisas a exemplo do SERPRO que disponibiliza produtos semelhantes monetizando sua base de dados”, concluiu o diretor presidente da MTI, Antônio Marcos de Oliveira.
Segundo Paulo Macedo, gerente da Unidade de Gestão Estratégica de Inovação (UGEIN), a ideia do projeto MTI CAV nasceu a partir de um relatório pelo Tribunal de Contas do Estado que apontava um custo muito alto com os serviços de captura ao vivo de dados biométricos por parte do Estado. Por conta disso, a MTI decidiu por desenvolver uma ferramenta própria para reduzir o gasto e melhorar o serviço.
Com base na Lei 13.303/2016, a MTI buscou viabilizar o produto por meio de uma parceria estratégica. Conforme Macedo, a Futura irá se encarregar de cuidar da parte operacional, enquanto a MTI realizará a gestão e inteligência.
“O cenário da identificação digital hoje ainda está longe do ideal, parte da base de dados biométrica estava fora do estado e na posse de empresas particulares, enquanto a outra parte de responsabilidade da POLITEC que mantém o Sistema de Identificação Civil (SIC) está hospedada na Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp)”, afirmou.
Com esse projeto, a MTI viabiliza a curto prazo a integração e gestão centralizada de dados biométricos no Estado. “Esse será o principal legado do projeto e do novo produto disponibilizado de forma inovadora, moderna, e com inquestionável vantajosidade econômica”, disse o gerente.
Conforme a projeção da Ugein, o Detran-MT vai economizar 50% dos valores gastos com os serviços de captura ao vivo. A projeção ainda considera a expansão dos 37 pontos de coleta atuais, para 100 pontos de coleta.
Benefícios do MTI CAV:
- Base de dados e biométricos de identificação civil centralizado
- Criação de um serviço de validação de identificação civil
- Expansão de negócios para área de serviços de identificação com grande potencial.
- Economicidade para os clientes, como exemplo o Detran-MT em seu serviço de Captura ao Vivo (Projeto CAV)
- Integração com outros órgãos da segurança do Estado, aumentando a base de dados de identificação civil
- Detenção de conhecimento de captura de dados biométricos, íris, facial, digital, etc.