A taxa de desocupação de Mato Grosso no primeiro trimestre de 2021 atingiu 9,9%, a 4ª menor do país, contrariando o ritmo nacional, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada na última quinta-feira (27). O estado fica atrás apenas de Santa Catarina (6,2%), Rio Grande do Sul (9,2%) e Paraná (9,3%). No país, o número representa 14,7% da população.
De acordo com o levantamento, o número apresentou uma diminuição de 3.8 pontos percentuais em relação ao quarto trimestre do ano passado (outubro-novembro-dezembro), que tinha 10,3% de desocupação no estado. No restante do país, a taxa de desocupação avançou em oito unidades da Federação. Os maiores aumentos foram no Tocantins (5,8 p.p.), Pará (2,9 p.p.), Maranhão (2,5 p.p.) e Piauí (2,5 p.p.).
As maiores taxas de desocupação foram em Pernambuco e Bahia (ambos com 21,3%), seguidos por Sergipe (20,9%) e Alagoas (20,0%).
Empregados com carteira assinada
Sobre o percentual de empregados com carteira de trabalho assinada, Mato Grosso apresentou número positivo, ficando acima da média nacional (75,3%) com 76,8% de empregados no setor privado. Os maiores percentuais estão em Santa Catarina (88,4%), Rio Grande do Sul (84,7%), Paraná (83,8%) e São Paulo (82,7%) e os menores, no Maranhão (48,0%), Piauí (54,5%) e Pará (54,6%).
Percentual de informalidade
No percentual de informalidade, porém, o estado está acima da média nacional (39,6%) com 40,8% dos empregados enquadrados nas seguintes funções: Empregado no setor privado sem carteira de trabalho assinada; Empregado doméstico sem carteira de trabalho assinada; Empregador sem registro no CNPJ; Trabalhador por conta própria sem registro no CNPJ; Trabalhador familiar auxiliar.
As maiores taxas ficaram com Maranhão (61,6%), Amazonas (59,6%) e Pará (59,0%) e as menores, com Santa Catarina (27,7%), Distrito Federal (29,3%) e São Paulo (29,5%).
Taxa composta de subutilização
Em relação à taxa composta de subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada), no 1° trimestre de 2021, Mato Grosso teve a segunda menor porcentagem: 16,7%, ficando atrás apenas de Santa Catarina (11,9%).
As maiores taxas foram registradas no Piauí (48,7%), Maranhão (47,3%), Alagoas (46,9%) e Bahia (44,8%) e as menores no Paraná (18,7%), Rio Grande do Sul (18,8%) e Mato Grosso do Sul (22,2%).
Rendimento mensal
O rendimento médio real habitual de todos os trabalhos das pessoas ocupadas, no primeiro trimestre de 2021, Mato Grosso acompanha de perto a tendência nacional, sendo o índice mato-grossense estimado em R$ 2.426 e o do Brasil em R$ 2.544.
Os maiores rendimentos foram do Distrito Federal (R$ 4.345), Rio de Janeiro (R$ 3.264) e São Paulo (R$ 3.202) e os menores, do Maranhão (R$ 1.484), Piauí (R$ 1.569) e Bahia (R$ 1.597).