A colheita da safra das flores de girassol em Mato Grosso deve ser 66% menor em relação à safra passada. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), no total, os agricultores devem colher 12,8 mil toneladas. Mesmo com a queda, os agricultores que apostaram na flor afirmam que não se arrependeram.
Em Campo Novo do Parecis, no norte do estado, a família da produtora rural Carina Stefanelo plantou 1.100 hectares, 5% a mais na comparação com o ano passado. Um dos motivos foi o clima.
“Acabamos plantando e colhendo tarde a safra de soja, e consequentemente, o plantio da safrinha foi mais tarde. Nisso, o girassol entrou com uma segunda opção, que demanda menos água por exemplo que o milho pipoca, que é outra cultura que plantamos na fazenda”, explica.
O cenário é bonito, mas os campos dourados tem vida curta. A florada dura apenas duas semanas. Nos anos anteriores, parte da produção era vendida para uma indústria que extrai o óleo e a outra era destinada a alimentação de pássaros. Mas até o momento nenhum negócio foi fechado.
“Acompanhamos o mercado e vimos que o preço e a condição do girassol estavam melhorando, por isso optamos não fazer contrato nenhum contrato”, diz Carina.
Apesar do otimismo de alguns agricultores, o Conab prevê queda em consequência da redução do próprio plantio, que também foi de 66%. Muitos produtores migraram para o milho por causa da rentabilidade. O produtor rural Rui Prado foi um deles. Nesta safra, ele optou por investir apenas no cereal.
“No momento em que fomos comprar os insumos, o preço do milho prometia um resultado melhor, em função da produtividade. Então optamos pelo milho”, diz.
Segundo o Conab, a previsão é de redução de 28% na produção da safra nacional.
Com informações TV Centro América