A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou uma nota na última semana em que pede a aprovação da Reforma Tributária com urgência. Segundo a CNI, os produtos industrias chegam ao consumidor com impostos muito mais elevados do que o setor de serviços.
Atualmente, a carga tributária da indústria de transformação representa 46,2% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto nos serviços a carga é de 22,1%.”Trata-se de um equívoco do ponto de vista econômico e social”, afirma a Confederação.
“Tributar mais produtos e menos serviços é injusto do ponto de vista social e contribui para aumentar a regressividade do sistema tributário brasileiro. Isso porque o peso dos serviços no consumo das pessoas mais pobres é menor do que no consumo das pessoas mais ricas”, pondera.
Entre as famílias mais pobres, com renda de até dois salários mínimos, o consumo em serviços é de 9%. Já nas mais ricas, com renda superior a 25 salários mínimos por mês, o valor é de 31%.
“Essa é uma das razões pelas quais a CNI defende uma reforma tributária ampla, que introduza no Brasil um Imposto sobre Valor Adicionado (IVA) com alíquota uniforme sobre bens e serviços”, explicam.
Um estudo do Instituto de Pesquisa PEA mostra que, caso seja adotada a alíquota uniforme sobre todos os bens e serviços, o peso dos tributos sobre a renda cairá 2,4 pontos percentuais para as pessoas que ganham até R$ 250 por mês, ou seja, aqueles que estão entre os 10% mais pobres do Brasil. Ao mesmo tempo, esse peso subirá 1,1 ponto percentual para quem ganha acima de R$ 6,3 mil por mês – 10% mais ricos da população.
Com informações Metrópoles