Dados do CAGED mostram que entre janeiro e agosto deste ano foram 280 mil novas contratações nesta modalidade levando em consideração as admissões de jovens em todo o Brasil, contra aproximadamente 213 mil desligamentos, o que significa um saldo de novas vagas de aproximadamente 67 mil novos postos de trabalho.
Para Humberto Casagrande, CEO do CIEE, o número reflete o preenchimento de oportunidades que deixaram de ser preenchidas em 2020, em virtude do agravamento da pandemia. Deste total, o CIEE foi responsável por preencher aproximadamente 35 mil novas vagas de janeiro a julho, o que representa um crescimento de 57% em comparação com o mesmo período de 2020.
“A legislação estabelece uma cota para contratação de aprendizes de no mínimo 5% da força de trabalho de referência da empresa. A iniciativa é voltada a jovens entre 14 anos e 24 anos, que recebem também capacitação profissional. De acordo com informações do Ministério do Trabalho e Previdência, há cerca de 425 mil aprendizes ativos no país. Se todas as empresas cumprissem a cota, o número seria de quase 885 mil”, explicou Casagrande.
Em Rondonópolis temos 15 vagas abertas para jovens a partir de 14 anos até 24 anos incompletos, de acordo com o consultor de atendimento do CIEE Rondonópolis, Allan Melo.
Lei da Aprendizagem (10.097/2000) é importante ferramenta de inclusão no mundo do trabalho e ganhou protagonismo nas últimas semanas, nos debates envolvendo a MP 1045, encarada por muitos especialistas como uma mini reforma trabalhista defendida pelo governo, que não foi aprovada pelo Senado e acabou arquivada.
A aprendizagem garante aos jovens carteira assinada, salário mínimo proporcional à sua jornada de trabalho, 13º, férias, FGTS. Ou seja: um verdadeiro vínculo empregatício. A lei também estabelece que organizações de médio e grande porte são obrigadas a contratar jovens com idade entre 14 e 24 anos, como aprendizes. Esta cota atualmente é fixada entre 5% e 15% do número total de funcionários de cada empresa.
De acordo com a legislação vigente, o contrato de trabalho pode durar até dois anos e, durante esse período o jovem tem a possibilidade de desenvolver competências que serão importantes para sua vida profissional – as chamadas soft skills – e, ao mesmo tempo, fundamentais para o exercício da cidadania. A formação é dividida por uma carga horária compartilhada entre entidades formadoras, onde os aprendizes recebem conhecimento teórico por meio de oficinas e palestras, e as empresas, responsáveis por orientar os jovens sobre noções básicas para o exercício profissional.