Fred Alecrim fala sobre rumos do varejo

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Foto: Divulgação/Assessoria ASN

Com uma apresentação pontuada por frases que levam a reflexões e dados relevantes sobre o setor, mais especificamente sobre o comportamento do consumidor, o consultor Fred Alecrim traçou alguns caminhos a serem percorridos pelos empresários do setor de varejo com vistas a um bom desempenho num mercado que passa por transformações importantes, sobretudo no que concerne ao comportamento do consumidor.

Ele foi o palestrante do Start Sebrae 2022 – Varejo, evento organizado pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em Mato Grosso (Sebrae/MT), na noite da última terça-feira, 22/02, em Cuiabá.

Exclusivo para empresários, proprietários ou funcionários de microempresa (ME) e empresas de pequeno porte (EPP), evento presencial reuniu 189 pessoas num espaço montado seguindo todos os protocolos sanitários, incluindo distanciamento entre os participantes.

De forma didática, Alecrim apresentou uma linha do tempo do desenvolvimento do varejo e das tecnologias e comportamentos apresentados na NRF e que impactaram o comércio varejista desde 2010.

Da edição de 2022, destacou o foco nas pessoas, ESG (sigla em inglês para environmental, social and governance, e corresponde às práticas ambientais, sociais e de governança de uma organização), metaverso e logística.

Destacou a prevalência da geração Alfa (nascidos entre 2010 e 2024) e lembrou que até 2030, ela será 50% da população do planeta. Entre suas características estão o fato de ter a tecnologia como parte da sua vida, valoriza muito mais a voz e tem o avatar como seu novo pet. Traçou as características dessa novíssima geração e das outras anteriores ainda com forte atuação com consumidores.

Um ponto ressaltado por ele é o tempo de espera das novas gerações de no máximo 10 minutos. Portanto, é preciso agilidade no atendimento presencial ou em canais virtuais, bem como nas entregas. Quem demora perde a venda. 89% dos consumidores dizem que deixam uma loja sem comprar quando as filas são grandes.

“A fidelização, no varejo só dura até a pessoa achar algo melhor, aí ela vai ser fiel em outro lugar”.

Para o consultor, é vital conhecer o comportamento das gerações de consumidores, uma vez que são as pessoas que influenciam o varejo e não o contrário.

Segundo ele, no varejo existem tendências, pendências e urgências. “É importante desapegar de velhas práticas, respeitar o passado, administrar o presente e construir o futuro”.

Apontou a inclusão de serviços nas lojas como atrativos. Como exemplo citou uma prática do passado que volta com força e com destaque nas lojas de Nova Iorque. Os ajustes de peças em lojas de roupas.

Destacou a importância da comunicação, da comercialização de produtos locais, bem como a apresentação deles de forma destacada no ponto de venda, valorizar aspectos locais, deixar claro o propósito e o posicionamento social, evidenciando isso. São ações que geram outros motivos para os clientes irem ao ponto de venda que vão muito além da compra dos produtos propriamente ditas.

Outro ponto apresentado é o consumo consciente e indicou como estratégias reutilização criativa, aluguel, compra compartilhada, venda de segunda-mão, brechó, entre outras.

Ao final foi categórico ao dizer que a loja física não vai morrer, mas terá que se apresentar de varias outras formas.

Fechando o evento, os empresários Gilsane Aparecida Fortes de Barros Moraes, da PapelNobre papelaria, e Junior Brasa, da Genius Publicidade, falaram um pouco sobre as inovações que implantaram em suas empresas impulsionados pela pandemia da covid-19 e que deram resultados muito positivos, reposicionando suas empresas no mercado.

Com duas unidades físicas em Cuiabá e mais de 30 anos de mercado, a PapelNobre se preparava para entrar no e-commerce quando a pandemia chegou e apressou todo o processo.

Já Brasa, cuja empresa foi aberta em 1982, se viu obrigado a criar um novo serviço, de produção de vídeos, para sobreviver à crise e acabou encontrando um novo nicho de mercado. Durante a pandemia expandiu os negócios e abriu filiais em Porto Velho, Manaus e Boa Vista. “Na crise a gente é provocado, tem gente que vai para frente, tem gente que recua”.

Segundo Fred Alecrim, a pior coisa que a gente pode fazer é não fazer nada.

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