Agronegócio e natureza podem e devem ser aliados

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*Por Leandro Viegas

No dia 4 de outubro celebrou-se o dia da natureza. A data que foi criada com o intuito de conscientizar a população a respeito da importância da preservação do meio ambiente, é uma homenagem a São Francisco de Assis, santo e frade da igreja católica, conhecido como protetor dos animais e da natureza. E será que o agronegócio pode participar dessa comemoração? Não, só pode, como deve!

O setor no Brasil tem elevado a cada ano o volume de produção agrícola, mas ao mesmo tempo se preocupa em reduzir o impacto ambiental da atividade, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Isso foi demonstrado em um estudo realizado pela instituição, em que compara o nosso País aos grandes agroexportadores como Argentina, Alemanha, Canadá, China, Estados Unidos, França e Índia.

Outro dado importante é que o agro nacional foi o que apresentou o maior aumento do índice de produtividade em relação às emissões de gases de efeito estufa (GEE). A geração de poluentes caiu 3,92% na pecuária em uma média anual e 3,91% em três décadas. Estes são números que reforçam o quanto o setor tem trabalhado para desmistificar a imagem de vilão que tem, principalmente para a população que não está diretamente ligada ao agro.

Buscando exatamente aliar produção e preservação da natureza, existem algumas políticas nacionais ligadas a isso, como o monitoramento por satélite do desmatamento da Amazônia, o Programa Agricultura de Baixo Carbono (Programa ABC) e a aprovação do novo Código Florestal. Para se ter ideia, ainda conforme o Ministério, em 30 anos, a produtividade sustentável triplicou. Em 1990, a pecuária nacional produzia 16,4 toneladas de alimentos por tonelada de carbono equivalente (Gt CO2e) e passou para 51,9 toneladas por Gt CO2e em 2020. Na agricultura, a produção saiu de 243 toneladas por Gt CO2e para 774 toneladas por Gt CO2e no mesmo período.

Paralelo a isso, muitas empresas têm buscado alternativas e ações que também estejam de acordo com este cenário de preocupação ambiental. É o caso da mato-grossense Sell Agro, que possui 16 anos de atuação no mercado, e que é um exemplo de como as instituições e marcas podem adotar medidas simples, porém relevantes, para diminuir o impacto ao meio ambiente e de quebra contribuir para um mundo mais sustentável.

Uma das iniciativas da companhia foi a adoção de formulações biodegradáveis em seus produtos, desafiando as normas do mercado de adjuvantes agrícolas na época do começo do trabalho. Essas formulações biodegradáveis não apenas aumentaram a eficiência na lavoura, mas também resultaram em uma série de benefícios ambientais. Os produtores que utilizam essas soluções economizam água, reduzem o tempo de máquina em campo e, consequentemente, diminuem a emissão de CO2. Além disso, a aplicação eficiente e padronizada dessas ferramentas contribui para uma economia significativa no bolso, provando que sustentabilidade e lucro podem caminhar juntos.

Paralelo a isso, internamente, a empresa adotou uma série de práticas que fazem a diferença no que diz respeito à responsabilidade ambiental. Uma delas é a utilização de energia verde, graças à instalação de painéis solares que geram mais de 90% da energia consumida em suas instalações industriais.

Essa medida não apenas reduz a pegada de carbono, mas também demonstra um compromisso sólido com a transição para fontes de energia limpa e renovável. Esta também é uma tendência, segundo o Ministério de Minas e Energia, de janeiro a agosto deste ano, houve expansão da capacidade da matriz elétrica instalada no País, deste número, a fonte solar representou neste acréscimo, 3 Gigawatts. Endossando os dados, entre janeiro e setembro de 2023, ocorreu o maior incremento da capacidade de geração solar centralizada da história no Brasil. Em 2022, por exemplo, o acréscimo no ano todo foi de 2,5 Gigawatts, inferior aos 3 GW já instalados entre janeiro e setembro de 2023.

Outra iniciativa da Sell Agro é a abolição do uso de copos descartáveis, optando por reutilizáveis. Essa simples mudança contribui para a redução significativa do desperdício de plástico e para a conservação dos recursos naturais. O reuso de água é outra importante medida, que permite reaproveitar a que foi utilizada em seus processos industriais. Isso não apenas reduz a demanda por água potável, mas também minimiza a poluição hídrica, tornando as operações mais ecologicamente responsáveis.

Uma nova prática fundamental foi a implementação da coleta seletiva, sendo todos os materiais descartados, como papel, papelão e plástico, cuidadosamente separados e destinados à reciclagem. Ajudando assim para a redução dos resíduos enviados para aterros sanitários, além de promover o ciclo sustentável dos materiais.

Recentemente a Sell Agro, em parceria com um canal de televisão local, distribuiu mais de 750 mudas de árvores em Rondonópolis-MT, para a arborização da cidade e também com o intuito de melhorar a qualidade de vida dos habitantes. O  objetivo, além do paisagismo é aumentar o número de sombra e melhorar a qualidade do ar.

Parecem ações simples, algumas mais complexas, mas todas visam proteger mais a natureza, mesmo em um mercado altamente competitivo que é o setor agropecuário. Elas demonstram que a sustentabilidade não é apenas uma opção, mas uma necessidade urgente e que pode sair do papel e estar no dia a dia das grandes companhias. Ao adotar práticas responsáveis e inovadoras, a Sell Agro, por exemplo, não apenas beneficia o planeta, mas também se destaca por sua responsabilidade corporativa e integra a criação de um futuro mais verde para todos nós e para toda a cadeia produtiva.

*Administrador e CEO da Sell Agro

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