Setembro é o mês que marca o início do plantio da soja no Brasil. Com o fim do período de vazio sanitário no Paraná no dia 10 e em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul no dia 15, agricultores colocam em prática todos seus aprendizados para o alcance de novos patamares de produtividade. Nos dias que antecedem a nova safra, planejar é indispensável para produzir mais. Por isso, a Basf apresenta algumas dicas para ajudar o agricultor nesta fase de planejamento.
Antes de colocar a semente na terra é preciso tomar alguns cuidados que são essenciais para o sucesso da lavoura. São vários fatores que interferem no resultado, como escolha de cultivares a serem semeadas, qualidade da semeadura, tipo de manejo, clima, incidência de plantas daninhas, pragas e doenças, entre outros.
Pensando nisso, o gerente Sênior de Desenvolvimento Técnico de Produto de Soluções para Agricultura da Basf, Sérgio Zambon, faz algumas sugestões e traz dicas para o manejo eficiente e sustentável que contribui para uma soja produtiva e rentável na safra 2021/22.
- Tudo começa na semente: É preciso fazer o uso de uma semente certificada, adaptada para a região e de qualidade para garantir uma boa germinação, vigor e desenvolvimento ao longo da safra.
- Semear na área limpa: Buva, corda-de-viola, capim amargoso, trapoeraba e outras plantas daninhas competem por água, luz e nutrientes com a soja. Iniciar no limpo ausente da mato-competição é essencial para o bom desenvolvimento das plantas de soja. A dessecação da área antes da semeadura é indicada para o sistema de plantio direto. Verifique o período de carência dos herbicidas antes de iniciar a semeadura.
- Qualidade da semeadura: A pressa é inimiga do bom plantio. A velocidade ideal da máquina deve ser em média de 5 Km/h. O agricultor precisa planejar a atividade e ficar atento ao clima para evitar contratempos. O aumento da velocidade pode causar falhas no plantio, plantas mal distribuídas, menor número de plantas, má distribuição espacial, que pode resultar em menor rendimento por hectare.
- Ficar de olho no clima: O manejo eficiente deve levar em conta uma série de fatores, entre eles o clima antes e durante a proteção das plantas. A escolha dos melhores produtos, intervalo entre aplicações, qualidade do equipamento de pulverização, capacitação do operador, são fundamentais para atingir o sucesso. Evite realizar pulverizações horas antes da ocorrência de chuva. Ventos fortes também prejudicam o resultado final da pulverização podendo deslocar a calda do alvo a ser atingido. De uma maneira geral, a temperatura ideal para a aplicação de soluções na lavoura está entre 20ºC e 30ºC e a umidade relativa do ar acima de 60%.
- Não descuidar do controle de plantas daninhas: Antes, durante e após a semeadura, o agricultor deve seguir com o monitorando, e agindo sempre que necessário com o manejo eficiente no controle de plantas daninhas. Em áreas cultivadas com soja tolerante a herbicidas, ou se for utilizado produtos seletivos para o cultivo, a pulverização pode ser feita logo após a emergência da soja. Esta medida contribui para eliminar a matocompetição favorecendo o desenvolvimento das plantas.
- Monitoramento de pragas: O ataque de pragas, como lagartas, percevejos, coleópteros, entre outros, pode ocorrer desde o início do desenvolvimento das plantas, alguns insetos migram de lavouras anteriores ou plantas tigueras/voluntarias para o novo cultivo. O uso do tratamento de sementes e inspeções na plantação podem ser feitas constantemente com o uso de pano-de-batida ou outro recurso que indique a infestação da praga área para definir a necessidade de uso de inseticida todas as vezes que atingir o nível de dano econômico.
- Aplicação preventiva de fungicida: Prevenir sempre foi melhor que remediar, a ferrugem asiática por exemplo, pode comprometer até 90% da produção da soja caso a doença não seja controlada. Aplicações preventivas de fungicidas ajudam a manter a lavoura saudável e com baixo índice de inoculo, reduzindo ou até mesmo inibindo a propagação do fungo. As pulverizações preventivas podem ser iniciadas a partir do aparecimento dos primeiros esporos na área, levando em consideração o clima reinante da região.
- Rotação de soluções e ingredientes ativos: O uso contínuo de soluções com o mesmo ingrediente ativo, ou com o mesmo mecanismo de ação pode selecionar plantas daninhas, pragas e doenças resistentes – dificultando o controle. O uso de ferramentas que possa postergar o aparecimento de plantas resistentes deve ser praticado, entre alas a rotação no uso de tecnologias com diferentes mecanismos de ação o que reduz o risco de resistência, permitindo uma lavoura mais saudável e ampliando a longevidade dos produtos e cultivo.
Com informação Revista Cultivar