Em meio aos muitos desafios causados pela pandemia do coronavírus, alguns setores tiveram que se desdobrar para conseguir alavancar as vendas e, consequentemente, ofertar mais vagas de emprego. Esse é um desafio que o setor da construção civil vem superando.
Os 1.931 novos empregos, somente em Cuiabá, é resultado do cálculo realizado entre admissões e demissões do ano de 2021, analisados pelo Observatório da Indústria, setor que integra a Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), e divulgados pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
De acordo com as informações, em 2020, na capital, o número de admissões foi de 9.319, já as demissões totalizaram 8.719. Superando o ano anterior, em 2021, as contratações foram de 11.715, enquanto as demissões foram de 9.784.
Para o gerente de economia da Fiemt, Pedro Máximo, um número considerável de trabalhadores de outros setores migraram para a construção civil em razão dos efeitos negativos causados pela pandemia no mercado.
“Na pandemia, o setor de serviços, principalmente, sofreu muito com o fechamento das unidades. Esses trabalhadores acabaram migrando para o setor de construção civil. E por que eles migram para lá? É porque é um setor que demanda muito em mão de obra, que não necessita de tanta qualificação”, explicou.
Em todo o estado de Mato Grosso os postos gerados pelo setor da construção civil, no ano de 2021, chegam ao saldo de 7.355. Esses números demonstram um impacto significativo para a economia do estado porque com o crescimento da demanda, os investimentos também aumentam.
“Para o ano de 2022 estão previstos muitos investimentos, sejam públicos ou privados. A gente tem uma notícia de R$ 9,5 bilhões de investimentos. No setor privado a previsão é de pelo menos R$ 20 bilhões até o ano de 2030. E isso, em um estado que o PIB é de R$ 137 bilhões, é uma excelente notícia”, afirma.
Com informações Fiemt