Dia das Crianças: comércio rondonopolitano projeta crescimento de 12% a 14% nas vendas

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O setor varejista, especialmente o focado nos chamados “presenteáveis”, defende um discurso mais “realista” ante ao cenário ainda impactado pelos efeitos da pandemia. (Luiz Alves/Prefeitura de Cuiabá)

Lojistas sondados pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Rondonópolis (CDL) projetam um incremento de 12% a 14% nas vendas do Dia das Crianças em 2021, na comparação como o mesmo período do ano passado.

O setor varejista, especialmente o focado nos chamados “presenteáveis”, defende um discurso mais “realista” ante ao cenário ainda impactado pelos efeitos da pandemia, com insegurança dos pais e consumidores, economia apertada, inflação em alta e ticket médio reduzido.

“Acreditamos que teremos um Dia das Crianças com 14% de incremento em relação a 2020. Isso porquê a inflação do nosso segmento está alinhada ao índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), na casa dos 10,5%. Então, o aumento real [nos preços] gira em torno de 3,5%”, argumenta um lojista entrevistado pela CDL. O levantamento foi realizado na última semana.

Com boas condições de prazo -mesmo com a ligeira alta nos preços- tem lojista mais otimista, considerando contornar situação focando na vontade dos pais em presentear.

“Ter estoque abastecido e atender a todos os bolsos, com formas de pagamento facilitadas e boas condições de negócio. Esta é a fórmula para 2021. Assim como foi em 2020. É uma relação de ganha-ganha, pois o cliente quer presentear e o lojista consegue trazer o dinheiro para a economia local”, aponta um lojista.

Brinquedos, lancheiras, calçados e confecções estão na lista dos presenteáveis mais procurados em 2021. Até a próxima terça-feira, deverão seguir como itens mais procurados, na opinião dos lojistas.

“Este é um momento de encararmos a realidade. Em anos pré-pandemia, nesta época, promovíamos eventos infantis que aglomeravam as crianças, aumentavam o fluxo nas lojas e, consequentemente, as vendas. Claro que desde o ano passado não adotamos esta estratégia. Mesmo com os avanços ante a pandemia, ainda encontramos pais receosos e compreendemos o momento. Além disso, o poder aquisitivo, de modo geral, baixou. Nós lojistas estamos nos esforçando mais para vender em números iguais aos dos anos anteriores. Por isso, não estamos considerando números maiores, apesar de seguirmos em uma linha otimista, já que ao longo do ano viemos retomando a economia”, aponta outra lojista.

Com horário especial, o comércio de Rondonópolis deverá funcionar das 09h às 15h na terça-feira (12).

Cenário nacional

Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) em todas as capitais aponta que 72% dos brasileiros devem ir às compras no Dia das Crianças. A expectativa é de que o varejo movimente aproximadamente R$ 10,93 bilhões.

Se por um lado, a alta intenção de presentear anima o mercado varejista, por outro, a expectativa de gasto do consumidor é cautelosa. De acordo com o levantamento, entre os entrevistados que vão comprar presentes, mais de um terço (36%) pretende gastar o mesmo valor que no ano passado e 31% têm a intenção de gastar menos. Já 23% pretendem gastar mais do que no Dia das Crianças de 2020.

Em média, os consumidores pretendem comprar 2,19 presentes (número que aumenta entre as mulheres). No total, o consumidor deve desembolsar R$ 200 com os presentes. A maioria pagará os produtos à vista (82%) e 38% planejam pagar parcelado. As principais formas de pagamento serão: dinheiro (45%), cartão de débito (38%) e cartão de crédito parcelado (36%). Entre os que irão dividir o pagamento das compras, o número médio de parcelas será de 4 prestações.

De acordo com a pesquisa, as dificuldades impostas pela crise são as principais razões para aqueles que se planejam para gastar menos. Entre os que pretendem gastar menos este ano, 33% pretendem economizar, 29% estão com o orçamento apertado, e 18% citam as dificuldades do cenário econômico, como a inflação elevada e economia instável.

A pesquisa aponta ainda que entre os que não pretendem dar presentes, 34% não possuem crianças na família ou no círculo de amigos que queiram presentear, 18% vão priorizar o pagamento de dívidas, e outros 18% não têm o costume. 71% consideram que os produtos estão mais caros este ano se comparados ao ano passado. Já entre os que vão deixar de presentear porque estão sem dinheiro, desempregados ou não vão encontrar o filho, 74% citam a influência dos impactos da pandemia do coronavírus.

Dentre a parcela minoritária de entrevistados que irá gastar mais (23%), as principais razões são: o desejo de comprar um presente melhor este ano (44%), o aumento dos preços dos produtos (35%) e a intenção de comprar mais presentes (29%).

De acordo com os consumidores entrevistados, os presentes mais procurados são: bonecas/bonecos (41%), roupas e/ou calçados (35%), jogos de tabuleiro/educativos (32%) e avião/carrinho de brinquedo (20%).

Pelo segundo ano consecutivo da pesquisa, a internet será o principal local de compras (37%), seguida pelo shopping center (33%) e lojas de rua/bairro (23%). Entre os que realizarão as compras pela internet, 79% devem utilizar os sites, 70% os aplicativos e 20% o Instagram. O levantamento aponta ainda que os fatores que mais influenciam os consumidores na escolha do estabelecimento que pretendem comprar são: preço (69%), localização (46%), e diversidade de produtos (43%). Já os principais fatores considerados na hora da compra do(s) presente(s) são: qualidade do presente (25%), o preço (18%), as promoções e descontos (16%) e o desejo do presenteado (16%).

A pesquisa revela ainda que muitos dos compradores estão com orçamento apertado. De acordo com os entrevistados, 24% costumam gastar mais do que podem com as compras do Dia das Crianças.

Entre os que vão presentear nesta data, 7% pretendem deixar de pagar alguma conta para comprar o(s) presente(s) e 33% estão atualmente com alguma conta em atraso, sendo que 63% destes estão com o nome sujo.

Ainda que esse comportamento impulsivo seja bastante presente, a maioria (79%) pretende fazer pesquisa de preço antes de comprar o(s) presente(s). O principal local de pesquisa será a internet (76%), sobretudo os sites/aplicativos (65%), enquanto 70% farão pesquisa de preço offline, principalmente em lojas de shopping (41%) e lojas de rua (40%).

Com informações Ascom CDL Rondonópolis

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