Conforme análise do Instituto de Pesquisa Fecomércio (IPF), a economia de Mato Grosso pode ficar pelo menos três meses estável após o fim do auxílio emergencial. Esse tempo, sem sentir fortemente os efeitos da suspensão da assistência do governo, seria sustentado pelo crescimento de dinheiro em banco nos últimos meses.
Para o sociólogo Maurício Munhoz Ferraz, coordenador do instituto, Mato Grosso acompanhou média nacional com crescimento da caderneta de poupança por meses seguidos e o auxílio emergencial seria parte da composição de reserva.
“Uma boa parte da população não vai consumir neste fim de ano, 50% das pessoas não vão gastar. Pelo medo, pela insegurança com o momento econômico, uma grande parte vai deixar de consumir e isso está refletindo nos números do Banco Central, o fenômeno do crescimento das poupanças”, pontua.
Um comparativo feito pelo IPF com dados de janeiro a abril mostra que um crescimento de 40% no volume do crédito em caixa nos bancos em Mato Grosso, em relação ao ano passado. Se comparado aos três últimos meses de 2019, esse volume cresceu próximo a 20% até dezembro e entrou em 2020 com resultado negativo – lembrando que nesse intervalo ocorreu pagamento do 13º salário.
Abril deste ano foi o mês da primeira parcela do auxílio emergencial pelo governo federal e, no levantamento do instituto, ele aparece como um dos principais fatores para maior dinheiro em bancos. Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 40% da população em Mato Grosso vêm recebendo o auxílio nos últimos meses.
Economistas avaliam que o mesmo auxílio teria contribuído para crescimento de 7,7% do Produto de Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre e o encerramento dele agora em dezembro pode arrefecer esse crescimento.
Com informações O Livre