A produção industrial em Mato Grosso fechou novembro com queda de 5,8% no acumulo desde de janeiro de 2020. O resultado é a combinação da paralisação da economia no primeiro semestre do ano, devido a pandemia, e a falta de insumo na retomada com aquecimento alto em agosto.
De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados na quinta-feira (14), Mato Grosso registrou um cenário negativo em outros três recortes. De outubro para novembro, a queda foi de 4,3%; na comparação com novembro do ano passado o recuo foi de 18,4% e no acumulado de 12 meses (novembro de 2019 e novembro de 2020) houve uma queda de 6,2%.
“A queda no primeiro semestre [março a maio] por causa da pandemia foi muito forte e no segundo semestre o fator preponderante foi a falta de insumos para a produção. A demanda está forte, mas empresas ainda não conseguiram produzir num volume para superar o resultado negativo”, disse o superintendente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Mauro Santos.
Ainda segundo o superintendente, a indústria sente a falta de aço, cobre, embalagem, tecidos e insumos de produção alimentícia. Essa deficiência tem afetado principalmente os segmentos de móveis, construção civil e alimentos. Esse cenário que colocou Mato Grosso no grupo de cinco Estados que ainda não superaram os efeitos da paralisação econômica. Conforme o balanço do IBGE, a indústria cresceu em 10 de 15 lugares pesquisados em novembro.
Oito Estados cresceram acima da média nacional (1,2%): Bahia (4,9%), Rio Grande do Sul (3,8%) Amazonas (3,4%), Região Nordeste (2,9%), Santa Catarina (2,8%), Ceará (1,7%), Rio de Janeiro (1,6%) e São Paulo (1,5%). O Paraná (1,2%) e Minas Gerais (0,6%) completam a lista de locais com índices positivos no mês.
A previsão da Fiemt é que os dados de dezembro mostrem um cenário menos amargo para setor em Mato Grosso, mas ainda não será o suficiente para superar queda no acumulado de 12 meses.
Com informações O Livre