A maior fabricante de cimento do mundo está avaliando vender a sua unidade brasileira, que pode gerar até US$ 1,5 bilhão. O grupo franco-suíço LafargeHolcim contratou o Banco Itaú BBA para assessorar no possível desinvestimento. A companhia poderá vender todas as suas fábricas no Brasil para um mesmo comprador ou dividir os ativos, disseram à Bloomberg pessoas envolvidas no processo de avaliação – que corre de maneira confidencial.
O grupo atua em nove estados brasileiros: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Goiás. De acordo com o site da empresa, são 10 plantas industriais e 1.400 funcionários contratados.
De acordo com a associação nacional de produtores de cimento SNIC, a LafargeHolcim tem 12 fábricas no país. Números do SNIC apontam que as vendas de cimento no Brasil estão subindo novamente após anos de retração. No período de 12 meses até março, foram comercializadas 62,9 milhões de toneladas de cimento no país – aumento de 15% em relação ao ano anterior.
Comandada pelo CEO Jan Jenisch, a franco-suíça tem adotado uma política de vender ativos que não são suas operações principais com o intuito de reduzir dívidas. Após um plano de recuperação anunciado em 2018, a companhia tem procurado reduzir atividades fora da Europa em países como a Indonésia e a Malásia. Agora, os planos de se desfazer de seus ativos no Brasil fazem parte desse esforço.
De acordo com a agência Bloomberg, as ações da LafargeHolcim subiram quase 59% nos últimos 12 meses, dando a ela um valor de mercado de 35 bilhões de francos suíços (US$ 38 bilhões).
Com informações Agência Bloomberg