Mato Grosso alcança quarto lugar na geração distribuída de energia solar no país

Você está visualizando atualmente Mato Grosso alcança quarto lugar na geração distribuída de energia solar no país
Cuiabá é o primeiro município no ranking da economia verde com geração de empregos. (Imagem: Freepik)

Entre os estados com maior potência instalada de energia fotovoltaica no país, Mato Grosso saltou para o quarto lugar no ranking, ficando atrás apenas de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e São Paulo. Cuiabá aparece no topo da lista dos municípios, com 1,4%. Ao todo, o Brasil possui 350 mil sistemas solares conectados à rede de energia elétrica, conforme dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).

Em 2020, o setor investiu mais de R$ 13 bilhões no sistema e a tendência é de crescimento superior a 10% este ano. Em maio, o país atingiu a marca de 8,8 GW de potência operacional, sendo 5,48 GW de GD (geração distribuída) e 3,32 GW de GC (geração centralizada).

Desde 2012, a fonte solar foi diretamente responsável pela geração de mais de 240 mil empregos e investimentos superiores a R$ 46 bilhões no Brasil. Por se tratar de uma fonte de energia limpa e renovável, a tecnologia também evitou que mais de 9,5 milhões toneladas de gás carbônico fossem emitidas na atmosfera.

Economia para o consumidor

Na Câmara dos Deputados tramita, em regime de urgência, o Projeto de Lei (PL) 5829/19, que garante desconto de 100% em encargos e tarifas de uso dos sistemas de transmissão e de distribuição a micro e minigeradores de energia elétrica. O texto beneficia a geração distribuída (GD), onde os consumidores geram a própria energia e injetam o excedente na rede. Atualmente, a fonte solar fotovoltaica é utilizada em cerca de 99,9% de todas as conexões distribuídas no país.

Para Devlin Bezerra, diretor da Solar Técnico, empresa cuiabana que trabalha na capacitação de técnicos para instalação de módulos solares, a nova tecnologia é disruptiva e em curto espaço de tempo vai causar uma adesão em massa por parte da população. Além disso, vai movimentar a economia através da geração empregos.

“Significa dizer que cada vez mais consumidores vão optar por este tipo de energia que é limpa, mais barata e mais eficiente. Com a evolução das baterias para armazenamento, cada vez mais imóveis vão deixar de depender das redes das concessionárias para usar apenas a energia solar. Isso vai gerar economia para o consumidor, já que esta fonte é cerca de 90% mais barata, e muitos empregos no mercado de instalação de módulos solares”, explica.

Como funciona

A captação de energia solar é feita por meio módulos (placas) fotovoltaicos instalados no telhado de residências, empresas e indústrias ou em campos abertos. A energia é enviada para o inversor que converte a corrente contínua em corrente alternada que é jogada na rede ou armazenada em baterias para uso direto do consumidor.

Entre 2020 e 2021, a Energisa (concessionária que atua em Mato Grosso) registrou aumento de 200% nos pedidos de análises de projetos para a inclusão de geração solar na rede de distribuição. O que mostra que cada vez mais consumidores estão migrando para o sistema.

De acordo com a Solar Técnico, o sistema pode gerar economia média anual de cerca de 600 kWh. Em Cuiabá, cidade que facilmente ultrapassa os 42º de temperatura, o que obriga consumidores ao uso intenso de aparelhos de ar-condicionado e ventiladores, a redução na conta de energia é primordial.

Uma fábrica de estofados instalada na cidade, por exemplo, com 120 funcionários, gastava com energia cerca de R$ 20 mil/mês. Há três meses, o empresário investiu R$ 500 mil na instalação de módulos solares. O custo com energia caiu para R$ 3 mil, economia de R$ 50 mil no período.

“O cenário mostra a abertura de mercado de trabalho com possibilidade de milhões de empregos para técnicos em instalação e manutenção de módulos. Além disso, economia direta para o consumidor, já que sabemos que Cuiabá tem uma das maiores tarifas de energia elétrica do país. Ganha também o Estado com ampliação da sua matriz energética e preservação do meio ambiente. O uso da energia solar pode tornar Cuiabá uma “cidade verde” de verdade”, explica Devlin Bezerra. “O valor do investimento e a economia com o novo sistema vai depender diretamente da quantidade de módulos solares instalados. O mais importante é dizer que quem gasta em média R$ 600 reais/mês com energia elétrica, economizará cerca de R$ 480 usando a energia solar. Por aí já dá para avaliar o quanto é mais vantajoso optar pela energia limpa”, finaliza.

Com informações Cenário MT

Deixe um comentário