Mato Grosso lidera retomada da economia brasileira com PIB de 4,1%, aponta estudo

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(Imagem: Freepik)

De acordo com dados da MB Associados, consultoria de análise macroeconômica, o Estado de Mato Grosso deve registrar crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 4,1% e liderar a retomada da economia brasileira. O aumento está estimado entre os anos de 2010 e 2022.

Mato Grosso também lidera na projeção de crescimento para 2021, com aumento de 4,97%. Conforme a análise, o agronegócio é o principal condutor do crescimento do PIB estadual. O Estado é o principal produtor de grãos do país e deve ser o responsável por quase 30% da safra nacional este ano.

A consultoria estima que 15 estados deverão ter um avanço acima da média nacional neste ano, sendo 8 deles das regiões Centro-Oeste e Norte, além de produtores agrícolas do Nordeste como Piauí e Bahia. Para o PIB do Brasil, a projeção é de um crescimento de 3,2%, após o tombo de 4,1% em 2020.

“A tendência que já temos visto nos últimos anos e que permanece é que estados com uma base de commodities fortes tendem a ter uma recuperação um pouco mais forte, como é o caso dos estados do Centro-Oeste especialmente”, afirma o economista-chefe da MB Associados, Sérgio Vale.

A MB Associados projeta, ainda, que a renda total gerada no país pelo agronegócio deverá atingir em 2021 o volume recorde de R$ 965 bilhões, com um salto de 40% na comparação com 2020 (R$ 687 bilhões).

Novo ciclo de alta das commodities

A alta demanda externa por commodities agrícolas e metálicas tem impulsionado as exportações brasileiras e contribuído para a melhora das projeções para o crescimento da economia em 2021. O preço do minério de ferro teve uma alta de mais de 40% em cinco meses, e a soja um aumento da ordem de 20%.

Embora a agricultura e a pecuária tenham um peso da ordem de 5% nos números oficiais do PIB, Sérgio Vale destaca que, quando é considerada toda a cadeia industrial, de serviços e de exportação relacionada ao setor, o PIB do agronegócio já representa atualmente uma participação da ordem de 30%. Nos estados do Centro-Oeste, o peso do agronegócio no PIB chega a ser superior a 80%.

“Praticamente um terço do PIB brasileiro é do agronegócio. Se junto as outras commodities –petróleo e gás, e mineração –, estamos falando de 40% a 45% do PIB do Brasil”, afirma. Ele destaca, porém, que as commodities agrícolas têm uma difusão mais forte na economia, contribuindo significativamente para impulsionar a renda e o consumo nas regiões produtoras.

“São mais empresas relacionadas ao segmento do agronegócio, mais produtos, mais gente contratada e é mas espalhado regionalmente também. Então acaba tendo um impacto mais forte do que o minério de ferro e o petróleo”, diz.

Com informações Cenário MT

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