Com o aumento de 10,67% no abate de bovinos em maio de 2021 ante a abril, a utilização frigorífica total apresentou variação positiva de 2,65 pontos percentuais (p.p.) no comparativo mensal e encerrou o indicador na média de 47,44% para Mato Grosso.
No mesmo sentido, a utilização real e a operação também apresentaram incrementos de 6,77 p.p. e 10,98 p.p., respectivamente, no mesmo período. Vale ressaltar que este cenário pontual de melhora na oferta foi puxado pelas negociações mais volumosas de animais entre produtor e indústria, devido ao final do período das águas. No entanto, no acumulado dos cinco primeiros meses do ano, o resultado ainda não é satisfatório para os frigoríficos, uma vez que a utilização real foi de 72,19% – a menor da série histórica do Imea (com início em 2010).
Por fim, é esperado que no curto prazo este cenário se inverta devido à entressafra e isso impacte na ociosidade industrial.
POUCOS NEGÓCIOS: com o baixo volume de negócios realizados, o boi gordo à vista registrou um aumento de 0,50% ante a semana passada e ficou cotado na média de R$ 304,25/@.
INCREMENTOS: assim como o cenário para o boi gordo, o preço da vaca gorda à vista também demonstrou avanço de 0,53% no comparativo semanal e ficou cotada a R$ 293,37/@.
BOI DISPARA: com a maior valorização no preço da arroba do boi gordo ante a cotação do bezerro de ano, a relação de troca boi/bezerro ficou em 1,64 cab./cab.
No mercado futuro, o preço médio da arroba do boi gordo ficou abaixo do que era observado no mercado físico até o momento. As movimentações dentro da porteira já indicam uma inversão de cenário no curto prazo.
Para se ter ideia, o preço médio da arroba do boi gordo cotado no dia 25 de junho ficou em R$ 300,67 para dezembro de 2021 (considerando o diferencial de base MT-SP de -5,30%), resultado 2,05% abaixo do que era observado em junho (média do dia 1 ao dia 28).
Diante disso, os principais fatores que contribuíram para esse esfriamento nas cotações foram às preocupações voltadas para o recuo da demanda Chinesa – já que o rebanho de suínos está alcançando os patamares observados no período anterior à crise da Peste Suína Africana -, e têm trazido incertezas para o 2º semestre. Além disso, o dólar apresentando recuo também influenciou para este cenário. Porém, é importante destacar que do outro lado da balança existe uma oferta mais restrita de animais, o que pode segurar esta queda no indicador.
Com informações Cenário MT e IMEA