Mato Grosso também lidera outro ranking nacional ligado ao setor do agro no País, além de produção. O Estado detém a maior capacidade de armazenagem agrícola, podendo acondicionar pouco mais de 43,6 milhões de toneladas (t).
Apesar da posição de destaque no cenário brasileiro, o volume representa apenas 58% de tudo que foi ofertado na safra 2019/20. Com um saldo agrícola de 74,89 milhões t, recorde histórico, observa-se que cerca de 31 milhões t ficaram ‘de fora’ no ano passado, conforme aponta dados da Pesquisa de Estoques do segundo semestre de 2020, realizada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Segundo a atualização, no segundo semestre de 2020, a capacidade disponível para armazenamento no Brasil foi de 176,3 milhões de toneladas, 0,1% inferior ao semestre anterior. O número de estabelecimentos manteve-se estável, com 7,9 mil. Entre as regiões, apenas Sudeste e Sul tiveram quedas (-0,1%, ambas) com as demais regiões mantendo estabilidade.
O Rio Grande do Sul possui o maior número de estabelecimentos de armazenagem (1.923) e Mato Grosso a maior capacidade (43,6 milhões de toneladas).
Como elenca a pesquisa, o Rio Grande do Sul possui o maior número de estabelecimentos de armazenagem (1.923), seguido de Mato Grosso (1.376) e do Paraná (1.325). Da capacidade de Mato Grosso de armazenar – em 43,6 milhões t – 58,8% são do tipo graneleiros e 34% são silos. O Rio Grande do Sul e o Paraná possuem 32,7 e 32,1 milhões t de capacidade, respectivamente, sendo o silo o tipo de armazém predominante nesses estados.
Os silos predominam no país, com capacidade para armazenar 87,3 milhões de toneladas no segundo semestre de 2020, ou 49,5% da capacidade do país. Em relação ao primeiro semestre de 2020, houve aumento de 0,6% nessa capacidade.
Por região, os silos predominam no Sul, sendo responsáveis por 61,7% da capacidade armazenadora da região e 49,8% da capacidade total de silos do país. Um dos fatores importantes para este resultado foi a preferência dos proprietários e administradores dos estabelecimentos por unidades com maior flexibilidade operacional.
O tipo “graneleiros e granelizados” aparece com maior intensidade no Centro-Oeste, com 53,4% da capacidade da região e 55,6% da capacidade total. Esta região conta com a maior participação na produção nacional de grãos. Os armazéns convencionais, estruturais e infláveis predominam no Sul (35,3%), seguido pelo Sudeste (31,1%), principal região produtora de café, produto que é armazenado em sacarias e que utiliza este tipo de armazém. Juntas, as regiões Sul e Centro-Oeste reúnem 66,4% da capacidade total de armazéns convencionais, estruturais e infláveis do país.
Com informações Diário de Cuiabá