Classificar os grãos às medidas de padrões na hora da comercialização é um dos grandes entraves que o produtor rural enfrenta. Entretanto, esse problema está com os dias contados segundo a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja/MT), que em parceria com a empresa Motomco e o Instituto de Pesos e Medidas de Mato Grosso (Ipem/MT), vai implantar em Cuiabá o primeiro laboratório de fiscalização de medidores de umidade.

O processo de instalação está previsto para ainda este ano. Vale ressaltar que a qualidade dos grãos é parâmetro fundamental e relevante, podendo afetar diretamente o valor final do produto (soja ou milho). Além da definição do teor de umidade nos grãos que é fator primordial no momento da comercialização.

Por isso, garantir que esse padrão seja aferido corretamente traz segurança e transparência nas negociações. De acordo com as instruções normativas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o percentual tecnicamente recomendado para comercialização do milho e da soja é de até 14%.

Segundo a engenheira agrônoma, pós-doutora em Fitotecnia e gerente de Defesa Agrícola da Aprosoja, Jerusa Rech, essa é uma demanda antiga dos produtores rurais que, muitas vezes, reclamam da discrepância de até dois pontos percentuais para mais na hora da arbitragem com os compradores.

“Com a implantação do laboratório teremos a padronização dos medidores de umidade, garantindo transparência na negociação das commodities e, no caso de divergências, o laboratório poderá ser acionado para realizar uma fiscalização”, explicou.

Com informações do portal Cenário MT