Thatyane Roque Alexandre sempre viu o trabalho nas lavouras de Mato Grosso com curiosidade e admiração. Em 2008, ela morava em Campos de Júlio e o marido trabalhava em propriedades rurais e Thatyane acompanhava o vai e vem das máquinas no campo. Infelizmente, o marido faleceu e ela voltou para Rondônia para viver com sua família e abriu um salão de beleza.
Quase dez anos depois, Thatyane voltou para um dos municípios destaques do agronegócio em Mato Grosso – Sapezal. O salão de beleza durou um ano, e então ela foi atrás do sonho de viver do agro. Buscou um curso no Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT) para se capacitar em operação de pulverizadores e entrou na Bom Futuro em 2018.
“Não é uma rotina fácil, pensei em desistir no começo. Para quem era acostumada a trabalhar em lugares com ar condicionado, é complicada essa nova vida. Mas não podemos desistir”, afirma a colaboradora, hoje com 35 anos e três filhos.
Agora, Thatyane foi promovida e trabalha no escritório, onde também fica o armazém da empresa, em Sapezal. “Eu gosto de trabalhar no agronegócio e tenho colegas muito legais, que me apoiaram nas dificuldades e sempre me ajudaram a crescer”.
A Bom Futuro tem hoje 966 mulheres atuando na empresa, entre colaboradoras, aprendizes e estagiárias em todas as suas unidades produtivas, o que significa 12% de seu quadro total. Entre março de 2021 e março de 2022, foram contratadas 80 mulheres para diversos cargos.
“As mulheres têm conquistado cada vez mais seu merecido espaço no mundo dos negócios e no mercado de trabalho e na Bom Futuro não é diferente. Mas o que mais desperta minha admiração é que, mesmo assim, elas não deixaram de ser mães, filhas, esposas, dentre outros atributos, com as mesmas virtudes de sempre”, enfatiza Leonardo Rossato, Diretor Administrativo e Serviços Compartilhados da Bom Futuro.
As mulheres se destacam dia após dia no agronegócio. É um território masculino que elas vão abrindo com persistência, resiliência e toques de carinho e cuidado. Wanusa Cassaril tem 34 anos e é engenheira agrônoma, desde 2018 trabalha na Bom Futuro e, atualmente, exerce o cargo de especialista em Planejamento e Controle Agrícola na sede, em Cuiabá.
Responsável por 36 fazendas, a vida profissional de Wanusa se divide entre o escritório e o campo.
“Tenho que lidar com algumas dificuldades todos os dias, não posso dizer que é fácil. Entretanto, só tenho vontade de continuar. Já passei por muitas coisas e não vou desistir da minha carreira”, relata.
Para ela, o fortalecimento e o empoderamento feminino no agronegócio são importantes. “Atuamos com um senso forte de amor ao solo, às plantas, aos animais, à água, ao meio ambiente e no cuidado com recursos humanos. Se continuarmos neste ritmo, participaremos de forma mais significativa em todos os elos da cadeia de produção do agronegócio”, finaliza Wanusa.