A aplicação imprópria de defensivos pode trazer prejuízos para o agricultor. Entender sobre a formulação dos produtos, o processo de mistura, a escolha das pontas de pulverização e levar em consideração as condições meteorológicas são fatores importantes para que haja máxima sustentabilidade e qualidade nas aplicações.
O pesquisador Dr. Rodolfo Glauber Chechetto, da Agroefetiva, em palestra com os produtores rurais de Sorriso e região norte de Mato Grosso, falou sobre Tecnologia de Aplicação e elencou sobre o uso de todas as pontas de pulverização utilizadas durante uma safra.
De acordo com Chechetto, quando se fala em pontas de pulverização é possível dizer que a ponta jato cônico e a ponta de jato plano (“leque”), são as principais utilizadas no país. “Orientamos bastante sobre o uso delas pelo fato de serem as preferidas no uso de aplicações para fungicidas”, sugeriu.
Em relação ao processo de combinação dos produtos, o pesquisador informou que existe por norma uma sequência indicada para se fazer a mistura através de formulações.
“É feito um estudo químico da sequência que elas vão ser melhor diluídas no tanque, para que tenha o mínimo possível de problemas de incompatibilidade física. Essa sequência ajuda no dia a dia para evitar esse tipo de problema em um tanque, que pode acarretar na perda dos produtos e de tempo”, alertou o pesquisador.
Sobre a forma mais eficaz de aplicação – aérea ou terrestre – Dr Rodolfo explicou que, embora as duas formas tenham suas particularidades, a sequência da ordem de mistura são as mesmas e devem ser observadas com a mesma intensidade. “No avião os produtos acabam sendo um pouco mais concentrados, por causa da vazão em litros por hectare que é empregado”.
A tecnologia de aplicação foi um dos temas que estiveram em debate durante o Open SKY Soja 2021, realizado na última semana na Estação de Pesquisa da Proteplan, em Sorriso – MT. O evento seguiu todos os protocolos de saúde recomendados pela OMS e contou com o apoio de diversas marcas que acreditam no progresso do agronegócio:Adama, Basf, Bayer, Corteva, FMC, Grupo Vittia (Biovalens), Ihara, Oxiquímica, Sumitomo, Syngenta e UPL.
“Mesmo que o produtor esteja acostumado com a prática no campo, é importante relembrar alguns processos, conhecer formulações e novos modelos que estão chegando, onde essas novidades são mais recomendadas e quais os cuidados a serem tomados. O treinamento é sempre válido. É sempre importante reciclar para que tenha o máximo de aproveitamento das aplicações”, finalizou Dr Rodolfo Chechetto.
Sobre a Proteplan – A Proteplan é uma empresa de pesquisa que realiza testes de produtos no campo. Com sede em Cuiabá, conta com estações experimentais nas cidades de Sorriso, Campo Verde e Primavera do Leste.