Queda na produção, praga e seca elevam preço da mandioca em 238%

Você está visualizando atualmente Queda na produção, praga e seca elevam preço da mandioca em 238%
Com isso, a mandioca, raiz tradicionalmente cultivada na agricultura familiar, está em escassez no estado. (Imagem: Freepik)

A seca prolongada, a incidência de pragas e a pandemia provocaram a queda na produção da mandioca em Mato Grosso, e consequentemente causaram a elevação do preço da raiz em 238% em apenas cinco meses. Com isso, a mandioca, raiz tradicionalmente cultivada na agricultura familiar, está em escassez no estado.

Em maio a saca de 50 kg da raiz era vendida a R$ 42. Nesta semana, essa mesma quantidade está sendo vendida a R$ 140, conforme aponta a cotação de preços da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf), realizada na Central de Abastecimento de Cuiabá, que abastece o comércio atacadista e varejista de hortifrutigranjeiros da capital e região.

Devido a falta da mandioca para abastecer o mercado interno, o comércio está tendo de importar de outros estados. “A grande maioria da mandioca que hoje é consumida em Mato Grosso tem vindo do Paraná, Mato Grosso do Sul e Goiás”, comenta a técnica de Desenvolvimento Econômico Social da Seaf, Doraci Maria de Siqueira.

Ainda de acordo com a técnica da Seaf, outros fatores têm causado também a escassez da mandioca em Mato Grosso. A redução da área plantada e também da produção são outros fatores apontados.

“Além disso, para arrancar a mandioca do chão é preciso muita força, e a grande maioria dos produtores familiares não têm condições de adquirir maquinários para isso e estão acima dos 50 anos, tornando a colheita um serviço muito pesado, por ser algo que exige força”, comenta.

Mesmo pagando mais caro pela mandioca, os comerciantes da área de alimentação têm evitado de repassar o aumento do produto aos clientes nesse momento. A empresária Priscilla Sá, proprietária da Moinho Espeto, explica que tal decisão é para evitar o ‘sumiço’ dos consumidores pós pandemia, período em que o comércio começa a dar sinal de recuperação.

“Subiu o arroz, a carne, o limão e agora a mandioca. Estamos segurando ao máximo reajustar esses aumentos nos nossos produtos para não espantar os clientes. A previsão junto aos nossos fornecedores é que no mês que vem o preço da mandioca recue e estamos contando com isso para mantermos os mesmos valores dos nossos espetos”, comenta Priscilla Sá.

Cotação

A cotação de preços dos principais produtos da agricultura familiar é realizada semanalmente, toda terça-feira a partir das 5 horas, por técnicos da Seaf, Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) e prefeitura de Cuiabá. A pesquisa de preço é realizada na Central de Abastecimento de Cuiabá, levando em conta o preço mínimo, mais comum e o preço máximo dos produtos encontrados nas barracas em três horários distintos durante o período matutino.

Esta regulação é fundamental para garantir a qualidade do preço, evitando crimes contra a economia popular e valorizando o esforço e trabalho do homem do campo. Para acessar o preço de todos os 69 produtos divulgados pela cotação regional dos preços do Prohort clique AQUI!

Com informações do Cenário MT

Deixe um comentário