Com pouco mais de um ano do início da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), não há setor econômico que não tenha sofrido impactos no Brasil. Assim sendo, bares e restaurantes, principalmente os localizados em shopping centers, têm buscado alternativas em meio a este momento tão atípico.
De acordo com a gerente de Marketing do Shopping 3 Américas, Tamara Behling, se sobressaem neste momento aqueles que olharam para seu negócio e enxergaram possibilidades apesar do momento.
“É essencial neste momento uma estratégia de comunicação e marketing, que certamente fará a diferença para o negócio, ainda mais no caso dos restaurantes dentro dos shoppings, que têm tido uma restrição de horários devido aos decretos. Além, é claro, de observar a gestão do negócio e se ela se sustenta durante uma crise”, avalia.
A boa gestão, aliás, é o terceiro dos pilares apontados como fundamentais pelo sócio da Diletto Massas, Renato Noronha Romani.
“O primeiro pilar é a segurança. Naturalmente, os restaurantes já trabalham com rígidas normas de biossegurança. Está no nosso cotidiano. Com a pandemia, agregamos algumas outras rotinas. Aliada à segurança, está a comunicação. Intensificamos as mídias sociais, comunicando este trabalho que estamos desenvolvendo de biossegurança para dar tranquilidade ao nosso consumidor para vir ao nosso restaurante”, explica.
Os outros dois pilares apontados por Romani são exatamente a qualidade e a gestão.
“Neste momento difícil a gente não pode deixar cair a qualidade, já que é ela que mantem a clientela retornando, consumindo, há 25 anos, no nosso caso. O terceiro pilar fundamental para superarmos este momento é a gestão. É a gestão que fará os dois pilares anteriores funcionarem. Quem não tinha uma gestão aprimorada, quem não fazia conta, quem não se preocupava em entender o seu negócio, ficou pelo caminho. Nós, há muitos anos, viemos aprimorando a gestão e, neste momento é fundamental, ter seus números na ponta do lápis”, completou o empresário.
Para Jean Clini, à frente da Urus Steakhouse, também localizada no Shopping 3 Américas, outro ponto essencial é a capacidade de adaptação dos negócios.
“Ninguém esperava por uma pandemia, é claro, mas sentar logo no início da pandemia e pensar em formatos inovadores e que mostrem ao consumidor que somos um espaço seguro, que ele pode confiar, foi fundamental. Nosso foco também é manter nossa qualidade na comida, mas também mostrar que nosso cuidado passa pelas embalagens e organização do nosso espaço”, define.
Ainda, conforme Clini, programar ações futuras quando os espaços voltarem a funcionar em horários padrões, sem os decretos, é importante. No caso da Urus, foi inaugurada neste ano o espaço kids. “Nós pesquisamos muito durante o período mais restritivo da pandemia e vimos, por exemplo, que 68% das famílias brasileiras tendem a escolher e frequentar restaurantes que tenham espaços destinados às crianças. Então, assim criamos nosso espaço kids e quando nos foi liberado a reabertura dos restaurantes, percebemos que seguindo todas as normas de biossegurança, trouxemos uma inovação para a Urus. Isso conta muito”, afirma o empresário.
“Enquanto para as crianças é um espaço de entretenimento, para os pais estas estruturas representam segurança, uma vez que os filhos estarão se divertindo não tão longe dos olhos deles. E, claro, para nós que estamos no dia a dia trabalhando para oferecer sempre o melhor, significa atingir um novo público”, explica Clini.
O Shopping 3 Américas ressalta que tem seguido todas as medidas propostas pelos decretos municipais e também as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) quando o tema é biossegurança.