As vendas on-line devem fazer do Natal de 2020 o melhor dos últimos três anos. A estimativa é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) que acredita que elas crescerão 64% em relação mesmo período do ano passado.
De acordo com as projeções, a data deve movimentar em torno de R$ 38,1 bilhões em 2020. Uma cifra que, se for confirmada, representará o maior avanço real de vendas no Natal desde 2017, o que equivale a um aumento de 3,9%.
“O Natal é uma época do ano em que compramos presentes para nossas famílias e amigos. Apesar de muitas pessoas estarem lotando lojas de comércio popular no centro, esse Natal deve ser um dos mais digitais que já vivemos em relação às compras”, comenta Felipe Dellacqua, sócio da VTEX, multinacional que desenvolve plataformas de e-commerce presente em mais de 30 países.
Tudo isso, na avaliação dele, impulsionado pela taxa de contaminação em relação ao novo coronavírus, que tem aumentado em todo o país.
A expectativa para as vendas também é grande, segundo Felipe, porque muitas pessoas que não foram prejudicadas diretamente pela pandemia evitaram gastar dinheiro com entretenimento e viagens. Dessa forma, muitos têm recursos guardados para comprar e presentear no Natal.
“O comércio eletrônico deu um salto neste ano, atingindo mais de 10% de todas as vendas do varejo. O crescimento foi de mais de 100% nesse período de pandemia. Os consumidores que não puderam gastar dinheiro com viagens e entretenimento, certamente, aproveitarão as oportunidades desse período”, explica.
E como desde março a demanda das vendas on-line tem sido alta, ele acredita que os lojistas já estão bem mais preparados para as vendas e entregas acontecerem dentro do prazo.
“Acredito que neste ano será mais fácil passar pelo boom de vendas, pois existe uma preparação contínua desde o início da pandemia. Por outro lado, com o crescimento do setor logístico também durante essa pandemia, surgiram vários novas empresas para atuar nesse segmento tirando o gargalo de grandes transportadoras e gigantes do setor logístico como Uber, Cabify e 99Taxi, que entraram na hall de serviços de entregas de e-commerce fazendo o lastime”, completa.