Bem-vindo à era do caos mental, do isolamento social, da reflexão individual e do medo da morte. E sua empresa em meio a isso tudo. Em um liquidificador mental, seu sentimento como empresário, como pai e como empregador, está triturando. Seu patrimônio pode estar por um fio e diante de decisões que nunca enfrentou, que não viu no YouTube e não tem no Google.
Bem-vindo à nova ordem mundial, inaugurada com uma pandemia que nos pega com as calças nas mãos: no social, uma nação excessivamente polarizada e medrosa, sem lideranças e projetos. Um País em transe, que atira pedras e memes no jornalismo e não nos contraventores; na economia, uma recessão histórica, de meia década, paralisa empregos e projetos; e, na política, com governos pobres de dinheiro e de conteúdo, um misto de neófitos e salvadores da pátria em seu debut no poder, descobrindo da pior forma e no pior momento (para nós) que ganhar eleição é mais saboroso que governar.
E aí, José? Amanhã, quando relembrarmos os dias de hoje, vamos contar centenas de milhares de mortos, famílias despedaçadas. Não menos triste será o cenário das empresas, com milhares de mortes (falências) e empregos que deixaram de existir. Para muitos pesquisadores, ali, 2020, “foi” o ponto da virada de muitas empresas, uma pivotada de 360o na forma de relacionar com clientes e colaboradores.
Na edição de agosto de 2020 da Leitura Estratégica (que recomendo e o convido a visitar no site www.leituraestrategica.com.br) traz um panorama desta virada, tentando fotografar o futuro, de como será em várias áreas a relação empresa e sociedade. Da comunicação ao neuromarketing, da geopolítica a novos padrões sanitários, da forma de produzir ao consumo. Lá, poderá ler a manchete, que dá dois passos à frente, repensa as várias relações, testa nosso sistema de vida e prevê que choque não vai depender do empresário – como sempre – mas do consumidor.
Vai observar que a edição tem conteúdos relevantes, mas destaco que a fizemos novamente com todo respeito à qualificação do nosso leitor. Quero, neste espaço, agradecê-lo, que nos atiça e força sempre a buscar o melhor.
Quero também dividir o agradecimento ao grupo de empresários que atendeu o nosso chamado, nessa virada da revista, que com sucesso no impresso, investe agora forte no digital – já que a distribuição física seria complexa por conta do isolamento. Nova plataforma, novo site e a mesma disposição de propor e promover esse diálogo: empresas e sociedade. Estamos juntos, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza.